Todos os jogadores estão de pé, ombro a ombro. Todos, menos Willian Pacho, de joelhos na grama de Anfield, com as mãos unidas em oração.
O PSG está prestes a eliminar o Liverpool nos pênaltis, no jogo de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões. Intransponível durante os 120 minutos, o zagueiro de 23 anos ora. Depois, grita de felicidade quando Désiré Doué desloca Alisson. No mesmo instante, a maioria dos 122 mil habitantes de Quinindé, a 9.000 km dali, faz o mesmo.
“Cada jogo dele é um acontecimento por aqui”, confirma Byron Cedeño, um dos primeiros treinadores do zagueiro no Huracán, pequeno clube amador da região.
“Ele virou um herói no Equador.”
Especialmente em sua cidade natal, localizada no coração da esquecida província de Esmeraldas, no noroeste do país sul-americano com 17 milhões de habitantes…